Quando um sistema começa a apresentar lentidão, travamentos ou erros intermitentes, muita gente olha primeiro para o servidor, o front-end ou o código. Mas na grande maioria dos casos que atendi — tanto aqui quanto nos EUA — o problema estava na estrutura do banco de dados . A forma como você projeta seu banco define o quanto seu sistema vai aguentar, performar e crescer. E, infelizmente, isso ainda é subestimado por muitos desenvolvedores iniciantes.
Modelagem de dados mal feita gera gargalos pesados: tabelas gigantes sem índice, joins desnecessárias, campos sem normalização e, claro, consultas monstruosas que retornam mais do que deveriam. Já peguei sistemas onde um relatório simples travava tudo por 30 segundos, só porque não existia um índice ou filtro adequado na consulta. Um ajuste no banco obscuro o tempo de resposta para menos de 1 segundo — sem alterar o código.
Ao longo dos anos, aprendi a planejar bancos como quem planeja uma estrada: cada rota precisa ser eficiente, cada conexão bem pensada, e cada carga de dados dimensionada para o tráfego futuro. Além do MySQL e SQL Server, também trabalhei com bancos NoSQL em projetos específicos, mas sempre com foco no que faz mais sentido para o tipo de sistema .
Na Neocodex, implementamos desde o início boas práticas como: uso correto de chaves estrangeiras, índices compostos, estratégias de cache, separação de leitura e escrita (em sistemas maiores), e até partições em casos de conjuntos de dados massivos. E mais importante: documentamos cada relação, para que o banco de dados seja compreensível e sustentável com o tempo.
No fim, o banco de dados é o coração de qualquer aplicação. E um coração mal dimensionado não aguenta por muito tempo. Pensar bem na estrutura dele é garantir a saúde do sistema — hoje e no futuro.