Se tem uma coisa que o tempo me ensinou é que sistemas bem documentados sobrevivem — os mal documentados, viram uma armadilha. Documentação não é burocracia, é legado. É o que permite que outros desenvolvedores dêem manutenção no seu código, que novos desenvolvedores assumam o projeto sem medo, e que a empresa entenda o que tem nas mãos. E isso, para o sucesso a longo prazo de qualquer sistema, é essencial.
Já trabalhei em muitos projetos herdados — sistemas feitos há 5, 10 ou até 15 anos — onde ninguém mais sabia como as coisas funcionavam. Tudo virou um mistério: “pra que serve esse campo?”, “o que essa função faz?”, “quem usa isso aqui?”. Sem documentação, cada linha de código vira um risco. Já vi empresas gastando fortunas apenas para entender o que já estava pronto, antes mesmo de conseguir evoluir o sistema.
Aqui na Neocodex, adotamos práticas simples e eficientes: documentação técnica no repositório (README.md, comentários claros, padrões de nomenclatura), diagramas de arquitetura quando necessário, instruções de implantação, configuração de ambiente e, em projetos maiores, documentos de endpoints ou APIs com ferramentas como Postman.
Também incentivamos a criação de documentos funcionais , escritos para o cliente ou equipe interna - explicando o que cada módulo faz, como utilizar corretamente o sistema, e onde buscar ajuda. Isso reduz drasticamente a dependência do desenvolvedor e empodera o usuário final.
A verdade é simples: escrever documentos leva um pouco de tempo agora, mas economiza dias — ou semanas — no futuro. E num cenário onde tempo é dinheiro, é uma das decisões mais inteligentes que você pode tomar.